Viver é a mais importante de todas as artes.
É, também, a mais longa de todas as aprendizagens.
Ela pode, em verdade, ser trágica no seu conteúdo e meteórica no seu percurso.
Rica e admirável na sua mensagem e saudosa na sua lembrança.
O barro da vida clama por mãos de mestre que a moldem.
Caso contrário, poderá ficar longe da grandeza para a qual estava destinada.
Ganha-se a vida de graça, mas aprende-se a vivê-la de cobranças.
Nunca temos o suficiente nem nunca somos na medida justa.
Mesmo assim, a vida continua a ser dada de graça, até para os que vivem desgraçadamente.
Vamos aprendendo aos percalços, nos acertos e cabeçadas, com o bem e o mal que nos tenta.
Continuamos a ser, no dia-a-dia, até ao fim, os seus aprendizes aplicados ou displicentes e, quem sabe, indisciplinados discípulos.
Aprendemos, quando a vida nos derruba, que os tombos doem, até ao dia em que já sabemos como cair e não mais dramatizamos, exageradamente, as quedas que sofremos.
Aprendemos, quando a vida nos afaga, que o coração gosta de ser massajado, até que descobrimos que tais satisfações são pequenas, e que só o verdadeiro grande amor nos completa.
Quando a vida nos sussurra mil promessas, podemos aprender que cair numa tentação pode significar um desastroso caminho de graves consequências.
A vida é a maior riqueza que temos mas, infelizmente, só aprendemos a apreciá-la quando a estamos quase a perder.
Os anos que temos foram o tempo que já ganhámos para aprender a arte de fazer da vida uma fonte de felicidade e de bem-aventurança para nós e para os outros.
Saturday, November 04, 2006
Dinâmica 4 - Uma confissão de bons propósitos
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